A Quinta de Marim é um sitio arqueológico romano situado na freguesia de Quelfes, junto à costa algarvia, entre as antigas cidades romanas de Ossonoba (Faro) e de Balsa (Tavira).
Escavado em 1877 por Estácio da Veiga, o complexo da vila romana, classificado como Quinta de Marim 3, era de grandes dimensões, composto por uma casa, o edifício das termas, armazéns, um templo, um mausoléu e várias necrópoles, tornando este local um dos mais importantes pontos do algarve romano.
Junto à foz da Ribeira de Marim, dentro do Parque Natural da Ria Formosa, foi encontrado outro complexo, classificado como Quinta de Marim 1 no qual, se encontra um conjunto de edifícios industriais composto por nove divisões de forma retangular, seis das quais interpretadas como se tratando de tanques para a preparação de produtos de peixe e as restantes entendidas como armazéns.
Tendo em conta a natureza dos edifícios que foram encontrados entende-se que o conjunto romano de Marim teria funções tanto residenciais como comerciais. É importante realçar também a localização privilegiada, junto ao estuário da Ribeira de Marim o que facilitava as comunicações com outras regiões e assim, o escoamento da produção para o exterior.
O sítio arqueológico de Marim 2 corresponde a um local próximo à Estrada Nacional 125 no qual foi encontrada uma pedra funerária romana.
Os vestígios encontrados na Vila de Marim remetem para uma ocupação desde o século II até ao final do IV ou inícios do V.
O mausoléu terá sido construído no período alto-imperal romano, já o templo remontará ao século IV, enquanto que a zona industrial pensa-se ter iniciado a sua utilização apenas no final do século II ou início do século III.
Em 1987, a área onde se encontram os antigos tanques foi classificada como área natural protegida, O Parque Natural da Ria Formosa.
Atualmente, apenas uma pequena parte dos objetos encontrados na Vila Romana se encontra à guarda dos museus de Olhão e Moncarapacho.